sábado, 16 de novembro de 2013


Te olho nos olhos


Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.

Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.

A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.

Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."

 

domingo, 8 de setembro de 2013

terça-feira, 25 de setembro de 2012






alma entristecida pela crueldade 
chora até mesmo 
dentro da vida

sábado, 5 de maio de 2012

LUAR SEM IGUAL.

ESTE LUAR SEM IGUAL
FAZ SENTIR UM AMOR
QUASE IMORTAL.

A LUA CHAMA E CONVIDA
PARA UM PASSEIO NA AVENIDA
DA NOSSA VIDA.

QUERO SENTIR A LUZ.
TEU BEIJO QUE FAZ
BRILHAR MEUS OLHOS
QUE ENCANTA MEU SORRISO.

NOITE DE LUA CHEIA
É ROMANCE QUE DESENCADEIA.
É A FOTO QUE FICA PARA SEMPRE
GUARDADA NA CABECEIRA.

Yara Picardo

CHEIRO DE LAVANDA

(Perséfone Diana)


Tanto destilei intima metade
Da videira, embebi de solidão
Entreguei a chave de uma saudade
Destino incerto, perigosa ilusão.

Nesse instante
desfrutar da vida branda.
Sem espaço para sombra nesse vazio.
Revela claridade me banha com lavanda
Estreitando aromas daquelas flores, senti frio.

No meu peito
Arqueiro a flecha do coração é meu sono.
Sem saber que é meu complemento
Amo-te... como a planta ama a terra sem abandono.
Discretamente sem orgulho vi em ti, meu fragmento.

O que eu espero
da sua aromada boca, são promessas
vidas peregrinas, amor fiel e verdadeiro.
Amantes em festa, na cama alma confessas
Se o tempo é incerto nos prende em cativeiro.

Nunca mais
sorverei doce verdade do amor confesso
Dormi na madrugada quente ao som de melodia
Ao despertar
os beijos da noite em vão, foram embora inconfessos
numa promessa que nunca mais teria alforria.

Em soluços
vejo colinas secas de lavanda.

Na janela olhei ao longe um vulto.
Tão cedo partiu o menino cupido
bebeu minha alma me trouxe sepulto.
Matizam lamentos com meu gemido